sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Editorial: A consciência de sermos humanos

Neste dia 20 de novembro, comemoramos mais um dia da consciência negra. Nesta data, só que em 1695, Zumbi foi morto no Quilombo dos Palmares pelas tropas do bandeirante Domingos Jorge Velho.
Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de
1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco', Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos.
Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o
bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antonio Soares, e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a Serra Dois Irmãos). Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.
O herói Zumbi foi um símbolo da resistência negra no Brasil, porém após conhecermos a história de vida de Zumbi dos Palmares, ainda não nos vemos como iguais, o preconceito convive em todos os setores da sociedade.
As pessoas deveriam ter a consciência de serem humanos, livrar-se de qualquer tipo de preconceito é uma questão de princípios, não devemos cair na filosofia de Adolf Hitler que prezava pela raça pura, somos iguais de carne, osso e sentimentos. (Tiago Eller)

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