domingo, 8 de fevereiro de 2009

Editorial: A desordem da Educação no Estado de São Paulo

Faltam poucos dias para o início do ano letivo dos alunos matriculados na rede estadual de ensino do Estado de São Paulo. Mais de 200 mil professores que pretendem trabalhar como temporários em 2009 fizeram uma prova baseada na Proposta Curricular do Estado. Essa avaliação gerou uma nota, que juntamente com o tempo de serviço e títulos da categoria determina uma classificação para a atribuição de aulas.
A novidade gerou polêmica: o governo prega que a prova seleciona melhor os professores, já a Apeoesp pede a anulação da mesma, dizendo que a avaliação é ilegal e que não deve ser considerada. Porém, a questão vai muito mais além do que esse impasse. Nesta semana uma verdadeira confusão e inúmeras informações desencontradas, nas listas contendo a classificação final, gerou revolta nos professores que precisavam saber qual era sua posição e, conseqüentemente, o respectivo dia da atribuição.
Centenas de professores que fizeram o exame, simplesmente, não constavam na lista de classificação. Estudantes apareciam na lista de formados, e muitos que estão no último ano da faculdade, apareciam como se estivessem nos primeiros semestres do curso. O site da Secretaria Estadual da Educação em alguns itens simplesmente dizia que: “não existem docentes inscritos. A bagunça alterou o cronograma da atribuição que deveria começar neste semana, para a próxima.
Se o Governo quer avaliar o professor, a atitude é um aspecto positivo e até necessário. Mas, é preciso ter estrutura e considerar os prós e contras. Não é justo castigar o educador e os alunos que, provavelmente, pelo contexto, correm o grande risco de começar o ano letivo com a falta de boa parte o corpo docente. Então, por tudo isso, nos próximos anos o Governo em nome da Educação, que já caminha com dificuldades no Estado, deve tomar todas as providências para evitar um novo caos. (Roseli Abreu)

Nenhum comentário:

PUBLICIDADE