Na madrugada do último sábado, 31, morreu, vítima de um câncer fulminante no cérebro, o ex-secretário municipal de Taboão da Serra, coronel Carlos Alberto Constantino. Lutando há um ano contra a doença, Constantino esteve internado em alguns hospitais, onde recebia medicamentos e realizava sessões de quimioterapia. O velório e o enterro aconteceram no cemitério Parque dos Pinheiros, no quilometro 83 da rodovia Fernão Dias, no bairro do Jaçanã, próximo a Guarulhos. Bombeiro de formação, Constantino dedicou parte de sua vida para atuar em nome da instituição. Foi capitão da Polícia Militar e braço direito de Jânio Quadros quando foi prefeito da cidade de São Paulo. Destacou-se pelo empenho e excesso de compromisso profissional. Incansável, chegou a trabalhar 24 horas ininterruptas em manifestações e movimentos contrários à ditadura militar. Socorreu vítimas dos incêndios nos edifícios Andraus e Joelma, em 1972 e 1974 respectivamente, e fez parte da elite da Polícia de São Paulo como conselheiro de estado. Foi candidato a vereador e deputado estadual em São Paulo, porém não conseguiu ser eleito ficando na suplência. Devido ao seu trabalho e conhecimento na região, Constantino foi convidado para assumir a recém-criada Secretaria de Assuntos de Segurança e Defesa Civil da cidade. Por três anos, comandou da Guarda Civil Municipal (GCM) e criou um dos mais audaciosos projetos da história de Taboão, o Jovens Para o Exercício da Cidadania (Jopec). Como mesmo definia, eram centenas de novos filhos que acabara de colocar no mundo. O Jopec é um programa que resgata a cidadania e prepara os jovens taboanenses para o mercado de trabalho. Hoje, diversos desses jovens estão cursando a faculdade e a grande maioria trabalhando na cidade ou na região. Constantino foi responsável pela reestruturação da GCM em 2005 e ampliou o efetivo para 200 soldados. Viabilizou melhorias constantes no departamento de Defesa Civil, que ganhou mais investimentos, e atuou fortemente em ações e programas que mantinham a cidade em boas condições de habitação e limpeza. Recentemente, trocou a segurança para dedicar somente à pasta da Defesa Civil, área que tinha mais prazer em atuar devido ao contato direto com o público. Constantino tinha 62 anos e deixou três filhos e esposa.
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