segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Poeta taboanense visita Fundação Casa

“Só a poesia tem este poder, encurtar distâncias e levar merthiolate para corações feridos. Atravessamos os muros”. Com estas palavras o poeta taboanense Sergio Vaz definiu o encontro que teve com 96 jovens que cumprem medida socioeducativa na Fundação Casa (Febem/SP), no bairro Vila Maria, no último dia 19. A convite da Organização Não Governamental (ONG) Ação Educativa, responsável pela realização do projeto Arte na Casa, Sergio levou um pouco de poesia e cultura aos adolescentes.
"Ninguém tem o direito de aprisionar um pensamento, por mais vadio que ele seja”. Esta frase do poeta sintetiza o trabalho que ele foi fazer na Fundação Casa. “O que eles precisam e querem, eu não posso oferecer, que é a liberdade, mas a minha poesia e o meu trabalho estão à disposição. Estou ligado que idéia não liberta ninguém, só quis deixar uma mensagem. De que a literatura pode ser uma aliada nestes dias de multidão, tão solitários. Sonho que um dia o Estado possa dar condições para que os nossos adolescentes frequentem mais as escolas (com qualidade) do que presídios. E que todos eles tenham acesso à arte e à cultura, mas longe das celas. Um dia quem sabe a gente vá mais em formaturas do que fazer visitas. A sociedade precisa comprender isso”, desabafa o poeta.
A proposta do poeta foi improvisar um pequeno Sarau, aos moldes daqueles que ele e a galera da Cooperifa promovem no Zé Batidão. O poeta chamou seus companheiros, os monitores das oficinas, Jairo, Panikinho e Michel, alguns professores e funcionários para mostrar aos jovens como funciona o encontro cultural. “Foi uma loucura. Eles adoraram. Quando chegou a hora da apresentação dos meninos a energia do ambiente se transformou”, afirmou Sergio.
Eles recitaram suas próprias poesias, cantaram rap, riram. Falaram sobre liberdade, saudade, sonhos e desejos, como não podia deixar de ser. “O Sergio os deixou tranquilos. O sarau aguçou o desejo deles de escrever, compor músicas e poemas. Despertou uma sensibilidade que, às vezes, eles próprios desconheciam. Vamos continuar com o sarau.”, prometeu o diretor da Fundação Casa, da unidade Abaete, Eduardo Felipe.

Fonte: Assessoria de Imprensa da PMTS

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