terça-feira, 11 de novembro de 2008

Grupo de extermínio é investigado na região

Policiais da Seccional de Taboão da Serra investigam um grupo de extermínio que atua na região. Pelo menos cinco crimes são atribuídos ao bando, em todos eles as vítimas tiveram as suas cabeças decapitadas. Os corpos são “desovados” em um terreno na zona rural de Itapecerica da Serra. O grupo foi apelidado pela polícia como “Higlanders”, em alusão ao filme de mesmo nome.
Na semana passada, três policiais militares prestaram depoimento. O inquérito foi instaurado após o depoimento de duas testemunhas que disseram ter visto uma das vítimas entrando em uma viatura da PM. Para o advogado de defesa dos policiais, as denúncias não são verdadeiras e os policiais são inocentes. “Essa equipe é uma equipe atuante. Eles combatem o tráfico de entorpecentes, mas não houve nenhuma apreensão de qualquer pessoa. Nenhuma pessoa adentrou a viatura policial” José Miguel da Silva Júnior. Os cinco crimes aconteceram nos últimos seis meses. O modo como as mortes acontecem são idênticos: após serem mortos a tiros, as vítimas tiveram suas cabeças arrancadas com um machado. O primeiro corpo apareceu no dia 11 de abril.
Em maio, houve registro de mais dois casos. Nos dias 9 e 22 de outubro mais duas pessoas assassinadas foram encontradas no mesmo terreno. Uma delas teve as mãos cortadas. Ao lado dos primeiros corpos encontrados pela Polícia Civil estavam objetos usados em rituais de magia negra, mas os policiais acreditam que essa tática usada pelos assassinos seja apenas para desviar o foco da investigação. Das cinco vítimas, apenas uma foi identificada.
Antonio Carlos da Silva Alves, de 31 anos, portador de problemas mentais, foi reconhecido pela família através de uma tatuagem dois dias depois de seu desaparecimento. Antonio foi visto pela última vez no Jd. Ângela, Zona Sul da capital. As investigações do caso estão sendo acompanhadas pela promotoria da justiça militar. De acordo com a promotora Eliana Passareli “não há ainda como se atribuir responsabilidade. É muito cedo e a investigação ainda está no início”. Os peritos fizeram a primeira análise do lugar e acreditam que as vítimas foram mortas em outro lugar e abandonadas no terreno, próximo de um córrego. Os cinco corpos foram encontrados por moradores. (Eduardo Toledo)

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