terça-feira, 21 de outubro de 2008

Governo quer reduzir gastos de escolas

Economizar R$102 milhões em um ano com corte dos gastos excessivos em contas de água, luz e telefonia, entre outras despesas. Essa é a nova meta do governador José Serra para os 5,5 mil colégios da rede estadual que será divulgada hoje.
O valor foi calculado pela Secretaria Estadual de Educação, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), que por meio do projeto Escola de Gestão consolidou há três meses o diagnóstico de gastos e possibilidades de redução de custos em todas as escolas estaduais. Se a meta for alcançada, os R$102 milhões serão investidos em projetos para os colégios.
Durante a realização do levantamento foram encontradas escolas com altos gastos como a EE Tarsila do Amaral, em Osasco, que chegou a ter conta mensal de água de R$16 mil com apenas 600 alunos matriculados. "Ao receber o diagnóstico a diretora descobriu vazamento de água. Depois do conserto, a conta de água não passa de R$1 mil", conta a dirigente de ensino de Osasco, Maria de Fátima Volpiani Canelos.
Cada um dos 5,5 mil colégios recebeu uma tabela com o seu nível de gastos e metas de economia que devem atingir.O cálculo levou em conta a realidade em que cada escola está inserida, como número de alunos, tamanho do prédio e até condições climáticas da região onde está localizada. "Fizemos um esquema de sinal verde, amarelo e vermelho e cada escola teve acesso ao seu índice de custo e metas", explica Germano Guimarães, coordenador do Escola de Gestão.
Uma equipe de técnicos visitará as escolas para auxiliar nas possibilidades de cortes que envolvam infra-estrutura. A equipe escolar ficará responsável pela conscientização dos alunos e funcionários para a conquista das metas. "Foi bom ter o diagnóstico. Reduzimos pela metade a nossa conta de água que era de R$ 4,5 mil", diz Cristina Masetti, vice-diretora da EE Carlos Villalva.
O Escola de Gestão também firmou parcerias com a Sabesp, CPFL, Eletropaulo e outras empresas para a otimização dos gastos o que envolve desde troca de torneiras por outras mais econômicas até mudanças no sistema elétrico.
O presidente do Sindicato dos Especialistas em Educação do Magistério de São Paulo (Udemo), Luiz Gonzaga, avalia como positiva a criação das metas, mas faz ressalvas. "Antes de impor metas, a secretaria precisa garantir que a infra-estrutura esteja em boas condições." (Maria Rehder Jornal da Tarde)

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