No mês de agosto deveríamos comemorar o folclore brasileiro, mas, infelizmente não estamos valorizando nossos mitos, crenças, lendas e costumes que fazem parte da nossa cultura popular. O povo que não valoriza o seu folclore, que é sua expressão cultural mais legítima, perde a sua identidade.
As crendices, as lendas, as danças regionais, as canções populares, a religiosidade, o artesanato e tudo que pertence ao nosso folclore são manifestações esquecidas, que são substituídas por outras que vieram de outros países. Não vemos nossas crianças e jovens comemorando o folclore nacional. Onde estão os mitos como o saci-pererê e a Iara.
Até as festas juninas estão diminuindo. Mas, no dia 31 de outubro os brasileirinhos (as) costumam festejar o Dia das Bruxas, ou Halloween, que é um evento tradicional que ocorre nos países anglo-saxônicos, especialmente Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações pagãs dos antigos povos celtas.
Nada contra, se em agosto, o nosso folclore também fosse exaltado. Cabe aos pais e professores não proibir as crianças de bater à porta dos vizinhos e falarem a famosa frase: "Gostosuras ou travessuras", mas de lembrar que também temos o nosso folclore é que ele também deve ser lembrado e celebrado. Nosso folclore está morrendo. A magia dos contos foi se consumindo ao longo dos tempos e em casa os pais já não ensinam as lendas nacionais.
Os filmes e desenhos veiculados pela televisão brasileira reforçam o que é de outros países, e esquecem a rica cultura nacional. O livro Macunaíma de Mario de Andrade é uma dos pilares da cultura brasileira e relata visões folclóricas da Amazônia.
Quantas pessoas, principalmente os mais jovens, lerão ou conhecem essa obra preciosa? Já os livros de Harry Potter que são uma série de romances fantásticos criados pela escritora britânica J. K. Rowling fazem sucesso no Brasil e deram origem a filmes, vídeos, games, e estão estampados nas mochilas e materiais escolares.
A realidade é que na queda de braço cultural perdemos feio, e levamos uma surra do Halloween e Harry Porter, enquanto isso, o saci-pererê faz companhia ao Macunaíma tentando salvar a cultura nacional e esperando dias melhores.
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