quarta-feira, 18 de junho de 2008

Professores de São Paulo estimam ao menos 50% de paralisação

Os professores do estado de São Paulo, em greve desde a última sexta-feira (13), estimam que pelo menos 50% da categoria tenha paralisado as atividades nesta segunda-feira (16).
Eles protestam contra um decreto do governador José Serra (PSDB) que limita as transferências de professores entre escolas e pedem melhorias para a categoria. Dentre elas, a incorporação de gratificações ao salário e o aumento do piso salarial para cerca de R$ 2 mil - atualmente o mínimo recebido por um docente no estado é de R$ 668. Os professores reivindicam com a greve a abertura de negociações com o estado.
Segundo Carlos Ramiro, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp), um balanço oficial da entidade deve ser divulgado até o fim da tarde.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo divulgou nota contestando o percentual de docentes paralisados. Segundo o governo, 98% dos professores compareceram às escolas nessa segunda.
Em nota oficial, a pasta classificou a greve como "política" e pediu que os manifestantes "reflitam e revejam a decisão". Recomendou que pais mandem os alunos às escolas, pois os professores estão trabalhando.
No ano passado, informa a Secretaria, metade dos docentes efetivos mudou de unidade, o que prejudica a aprendizagem - daí a necessidade de limitar as transferências.
No primeiro dia da greve, o comando do movimento visita escolas explicando a alunos os motivos da decisão. Ainda hoje, os professores convocarão pais de alunos para reuniões amanhã e quarta-feira. Na quinta-feira haverá encontros regionais dos docentes no estado. A continuidade ou não do movimento só será votada na sexta-feira, em uma assembléia na Avenida Paulista.

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